Finalizando os posts sobre os encontros com o Tom Zé, Parte 1 e Parte 2. Estudando Tom Zé, parte três...
Tom Zé foi convidado pelo Faro para fazer a declamação do poema Pátria Minha de Vinícius de Moraes para o especial Vinícius, O poeta (Especial que eu falo no meu post "Centenário do poeta: Vinícius de Moraes.").
Foi um sábado. No dia gravamos depoimento do Júlio Medaglia, Assis Angelo, Kika Carvalho, números musicais com a Blubell; Tom Zé seria o último a gravar. Ele chegou de carro com sua esposa, assim, já todo elétrico, cheio de ideias, ele chegou com uma mala repleta de roupas e pediu um tanque para lavar roupas, ou mais simplesmente um balde. A ideia era levar a rouba enquanto declamava o poema. Perguntei para a mulher dele se ele queria o poema numa fonte maior, e ela me disse: "Estamos falando de Tom Zé". É é mesmo, ele tinha de cor na cabeça e fez uma interpretação incrível.
Enquanto ele explicava para o Faro e para a Lillian o que ele queria fazer, alguém do estúdio falou: Porque você não tira a rouba do corpo para lavar a roupa enquanto encena? E Tom Zé o fez. A equipe gargalhou e eu também. Quem iria imaginar? Ir trabalhar num sábado de gravação direto... E eis que me chega o Tom Zé e me deparo com ele apenas de samba canção. Fui muito, muito engraçado.
A interpretação ficou mesmo perfeita.
Vinícius fez o poema enquanto esteve em exílio.
"Pátria minha, saudades de quem te ama…
Vinicius de Moraes."
E como o Tom Zé replicou na gravação: "de Moraes, de Moraes, de Moraes..."
E como o Tom Zé replicou na gravação: "de Moraes, de Moraes, de Moraes..."
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